dezembro 13, 2008

In the dark of the night


Era claro, era nebuloso
Estava num campo, estava num manto
Na sala de estar, na cama, no quarto
Tudo era e não era.
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Me vi andando numa rua escura e humida.
[Orvalhada de lágrimas]
Postes apagados, sonhos amortecidos, vidas e mortes.
[the spotlight showed what I chased away]
Andava reto: retomando, retrocedendo, revivendo.
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Me vi num jardim verde, com grandes árvores e nelas lindos frutos
Colhendo proventos e doses de esperança.. briza
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Me vi num claro e bonito luar,
Areia, brisa, pedra, mar.
E como as ondas, idéias vinham, e iam, e vinham, e não iam
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Me vi em branco, flores, risos..
Propostas, futuro, frustrações, ambíguo
Nada disso me envaidece.. não mais?
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Me vi cercada de rostos plásticos, sorrisos assustadores, promessas falsas
Perdida, amedrontada, cansada, delicada
.
Me vi numa ilha que era país,
Grande Grande me faziam feliz: as pessoas, o lugar.
Ali era permitido sonhar!
.
Me vi catando sonhos e reconstruindo,
Chorando os choros mais doloridos,
Sendo o melhor de mim,
Sendo o melhor para mim,
Sendo o melhor que existe.
.
Me vi brilhando mais do que podia,
E por trás daquela porta, a sala estava vazia.
Foi-se o velho, Foi-se o novo..
Não tem mobília, não tem quintal, não tem vida.
Ali nada tem.
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Me vi alegre por um dia e triste por um mês
E quando tudo parecia na pior, desgraçara ainda mais!
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Me vi num caminho com volta, pois sempre há um retorno.
A esquina dos sonhos, após o engarrafamento dos pesadelos é sempre conturbada!!
Mas nos acostumamos.
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Me vi tentando ser quem não sou...
Amanheceu!!! E que volte o colorido.
Pobre de mim,
Estava perdida dentro do meu próprio sonho.