dezembro 04, 2010

We were always meant to say goodbye

Ele ontem me disse que não quer ir... Ele chorou, olhando nos meus olhos, disse que não quer voltar. Mostrou-se tão decidido. E tão frágil. Poderia me escrever nele. É tão natural sermos tão parecidos? A ponto de acharem que somos irmãos? Perguntou-me como vão ficar as coisas. Coisas? Vão voltar pro seu lugar, não vai ser normal, mas se ajeitam. Ele sabe que eu o amo muito, amo o suficiente para deixá-lo ir. E a verdade é que os dois sabiam que não importava por qual caminho, mas uma hora ou outra um dos dois ia ter que partir. Restou arrumar as malas, um partir e o outro ir logo depois, em menos de uma semana. E não, os caminhos não se cruzaram novamente desta vez, mas, no futuro, só depende de nós. Só quero que você saiba, meu querido, que ninguém poderia ter me feito mais feliz nos últimos meses, que você não poderia ter me amado mais. Foi um encontro de duas almas intensas. Com potencial para assassinato por ciúmes, suicídio de tanto amor. Nos amamos, nos respeitamos, mas eis que é chegada a hora; Tememos tanto, que fugimos tanto, nem acreditamos, porém ela chegou. Sei que não há mais conserto, mas ainda não fui embora. Nem sei se estou preparada pra ir. Entretanto abri as janelas e você já pode voar. Só não vai muito longe. E quando bater a saudade, volta. A porta estará sempre aberta, assim como o meu coração, ansiando por cada notícia sua, cada ligação, cada certeza. Que sejam lançadas fora as dúvidas, de nada adianta agora. Que os nossos últimos minuto sejam mais nossos do que qualquer outro. Nosso, assim como todo o mundo. E que findem ao amanhecer. Pois é assim, menino, na despedida que eu mais te amo.

Da sua "Maria Elena"