Problema novo, que não é novo, é antigo. Chama-se saudade. Problema que não pode ser resolvido. Problema que não pode ser esquecido. Não consigo fazer vista grossa, a maldita me rouba o ar. E eu choro. Choro da saudade que não me abandona. Choro no chuveiro, choro na praça, choro na frente do espelho, choro dentro dessa catedral. Deus, é o fim. Deveria estar em reverência à ti, mas estou com a droga dell e chorando de saudades. Choro por dentro. Olhando pra caixa de entrada e pensando no que não quero ler. Se eu ler vai me dar mais saudades. Pensando nas fotos que eu deveria rasgar, mas as fotografias na minha mente trazem muito mais saudades. Eu não sou forte, sou não, mãe, me abraça. Eu quero matar ela. Afundar no mais profundo poço. Deixar no meio do abismo. Mas estou so. Eu e a maldita saudade. Eu tento fugir dela, mas pra onde eu vou ela esta. E quanto mais eu corro, mais ela se aproxima. E deixa um gosto amargo. Pelos beijos desperdiçados, abraços despedaçados e o choro. Ultima lembrança do meu unico romance. E se vai com o coro, mais uma vez essa saudade. Ouço as rezas em francês e, mesmo sem compreender uma palavra penso que elas são pra nos. Eu e você.