agosto 15, 2011

Ninguém divide.


Hoje é segunda, quinze de Agosto, seis e vinte e cinco da manhã. Não sei pra quê acordei cedo, nem como, mas o meu instinto me fez buscar esse bloquinho escondido na gaveta empoeirada. No lugar mais sujo, onde escondo as suas lembranças. E parece que essas palavras são tiradas de lá. Junto guardo o sono que não vem. Desejaria você aqui agora. Abrindo a porta com mais uma frase cliché, dizendo "quase morro de saudade", me perguntando se quero um pouco de café, sem leite e sem açúcar, e se quero novamente deitar em seus braços, estirada no sofá. Ver todos aqueles filmes repetidos, rir no futebol, chorar com o noticiário e ficar mudando de canal freneticamente. Como você pode fingir o sentimento mais profundo que conheço tão superficialmente? Como é amar sem amor? Estive presa e ainda soube. Sempre soube. Sempre precisei. De muito. Não mudei, nem por sua causa. Juro, tinha esperança do seu sorriso saindo verdadeiramente. Tinha muita esperança. E ela está ali. Gigante. Gritando. Guardada. Engavetada. Um dia vou acordar e perceber o quanto aprendo comigo mesma. Nessas reflexões, com essas conclusões, afinal, meu amor está aprendendo também. Hoje é menos amor. E assim vai. Sem nunca deixar de ser.