a hora de dormir
dá um aperto no vazio, lá, onde você arrancou tudo
as lembranças ardem
daí vem mais um copo dessa água
que nem é benta nem nada
adoçando até a alma
mas não surte mais efeito
quando esse nó vem, me leva oceanos,
me afoga no travesseiro
a noite é sarcástica
e uiva a minha destruição
o círculo se fecha, as paredes me espremem e gozam:
sozinha
me falta tudomas o que mais, além do vazio, perturbará tanto quanto o sumiço do ar?